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Livro: Formação do Engenheiro


Introdução: Construção Pela diferença

Construção Pela diferença

   Dissonantes e divergentes podem não ser os adjetivos mais apropriados para se conferir ao conjunto de contribuições que compõe esta coletânea. Ao reuni-las, ou antes disso, ao pensar nesta publicação, apontamos possíveis diferenças como contribuições à reflexão a qual nos propomos. Qual a formação mais pertinente para uma atuação profissional presente e futura? Qual deve ser o papel do engenheiro na sociedade contemporânea? Vamos continuar a formar profissionais numa perspectiva fragmentária, enquanto a marcha da globalização torna-se mais do que nunca excludente também para os especialistas dos países periféricos e semi-periféricos? Os profissionais que formamos irão ter acesso pleno ao mercado de trabalho e vão trabalhar em suas áreas de formação originais? Se muitos dos egressos das escolas de engenharia não estarão trabalhando em suas especialidades, ou se a médio ou curto prazo serão deslocados, então por que continuamos a formá-los em bases antigas? Por outro lado, como indicam pesquisas sociológicas recentes, se o modelo de produção industrial caminha a passos largos para o de lean production, por que a preocupação com a formação socialmente comprometida?

   Não há obviamente consenso acerca dessas questões. Entretanto deveremos nos perguntar que papel cabe a nós, docentes de engenharia, com relação à formação dos futuros profissionais. Sabemos que eles estarão direta ou indiretamente envolvidos com aspectos bastante discrepantes tais como: valores éticos e sobrevivência, modelos de produção tecnocêntrico e antropocêntrico, disputa por espaço e fracasso da autoridade do conhecimento técnico, sociedade industrial e sociedade pós-industrial. Formamos hoje os engenheiros que terão compromisso com o fim do emprego? Se assim o for, que propostas alternativas nós temos a oferecer para a sobrevivência humana? Ou será que isso não nos diz respeito?

   A isso e muito mais se remetem as idéias dos diversos profissionais aqui reunidos, perpassando temas intrínsecos como tendências curriculares, questões contemporâneas da educação tecnológica e desafios da atuação docente. Há uma mescla de pontos de vista – de modos de fazer a engenharia e de vê-la, de estudá-la; misturam-se concepções epistemológicas, pedagógicas e filosóficas e sociológicas, num contexto de modernidade em que convivem a mudança e a conservação, próprios do comportamento social humano. Dar uma resposta às questões que sugerimos para o debate, ou melhor, sobre elas refletir, impôs um desafio aos organizadores e aos autores, que se viram diante da verbalização da cotidiana atitude de ensinar. Mais acertadamente seria dizer que nossa proposta não é responder, mas o contrário: questionar.

   A ordenação dos temas não é casual. Traduz preocupações que dizem respeito a uma nova formação do engenheiro, também um cidadão. Não sugerimos, com isso, uma rigidez, ou uma seqüência obrigatória de pensamento, mas uma orientação que privilegia a reflexão sobre a formação de engenheiros e aquela que diz respeito ao docente e o enleva de ações comprometidas com o social.


Sumário:

Introdução

Falando do conteúdo, uma visão do NEPET

           
ENGENHARIA, SOCIEDADE E FUTURO

   A formação dos Engenheiros no limiar do terceiro milênio
Jean-François Sacadura – Docteur Ingénieur (Ph.D) em Ciências Térmicas pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lyon. Docteur d’Etat em Ciências Físicas pelo Instituto Nacional de Ciências Aplicadas (INSA). Professor do INSA, Lyon França.

   Profissional do Futuro
Pedro Demo – Ph.D em Sociologia pela Universidade de Saarbrücken, Alemanha. Professor do Departamento de Serviço Social da Universidade de Brasília.

 

QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS DA EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA

   O perfil do engenheiro dos novos tempos e as novas pautas educacionais
Maria Candida Moraes –Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da PUC/SP.

   A educação tecnológica precisa de uma política
José Carlos Moreira Bermudez – Ph.D. em Engenharia Elétrica pela Universidade de Concórdia, Montreal, Canadá. Professor do Departamento de Engenharia Elétrica do Centro Tecnológico da UFSC.

   O engenheiro que as empresas querem hoje
Décio da Silva – Engenheiro Mecânico graduado pela UFSC e Administrador de Empresas, pela FURJ. Diretor-presidente executivo da WEG S.A.

   A pertinência de abordagens CTS na educação tecnológica
Walter Antonio Bazzo – Doutor em Educação. Professor do Departamento de Engenharia Mecânica do Centro Tecnológico da UFSC.

           
TENDÊNCIAS CURRICULARES

   Os currículos de engenharia no Brasil – estágio atual e tendências
Maria José Gazzi Salum – Mestre em Engenharia de Minas. Presidente da Comissão de Ensino da Sociedade Mineira de Engenheiros e Vice-Presidente da Associação Brasileira de Ensino de Engenharia. Chefe do Departamento de Engenharia de Minas da Universidade Federal de Minas Gerais.

   Engenharia ontem e hoje
.Marina Fialho de Souza – Arquiteta. Mestre em Antropologia Social pela UFSC. Professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo do Centro Tecnológico da UFSC.

   Tendências curriculare na formação do engenheiro do ano 2000
Ronaldo da Silva Ferreira – Ph.D. em Engenharia Geotécnica. Professor do Departamento de Engenharia Civil do Centro Tecnológico da UFSC.

   Ensino e aprendizagem – real/virtual e mudança/permanência
José André Peres Angotti – Doutor em Ensino de Ciências Naturais. Professor do Departamento de Metodologia de Ensino e do Programa de Pós-Graduação em Educação: Ensino de Ciências, do Centro de Educação da UFSC.

 

DESAFIOS PARA UMA ATUAÇÃO DOCENTE

   Comentários sobre a atuação do engenheiro-professor
Alvaro Toubes Prata – Ph.D. em Engenharia Mecânica pela Universidade de Minnesota, Estados Unidos. Professor do Departamento de Engenharia Mecânica do Centro Tecnológico da UFSC.

   Aprendizagem e ensino: contribuições da epistemologia genética
Fernando Becker – Doutor em Psicologia Escolar pela USP. Professor de Psicologia da Educação da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS.

   A educação tecnológica e a tecnologia na educação
Álvaro Guillermo Rojas Lezana – Doutor Engenheiro Industrial pela Universidade Politécnica de Madri. Professor do Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas do Centro Tecnológico da UFSC.

   O papel da avaliação educacional nos processos de aprendizados autônomos e cooperativos
Edla Maria Faust Ramos – Doutora em Telemática Educional pela UFSC. Professora do Departamento de Informática e de Estatística do Centro Tecnológico da UFSC.

 

 

 


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